Regresso, pé ante pé, um mês e alguns dias depois de ter passado a linha do meio século. Deste lado, nada de novo, só a rotina a devorar-me as horas, o ânimo e um resto de imaginação.
Do baú, resgato um tosco devaneio, que suponho ser de 2014:
Não sei de que água é feito esse mar
que atravessa os meus sentidos
E que não sabe a sal.
que atravessa os meus sentidos
E que não sabe a sal.
Não sei em que distância me perdi,
Por que sendas e escarpas
Deixei que o corpo se embrenhasse
E perdesse a noção das horas.
Por que sendas e escarpas
Deixei que o corpo se embrenhasse
E perdesse a noção das horas.
É este o meu ofício: nada saber.
Não sei de que ano é....
ResponderEliminarSei que é um poema muito lindo!!
O verdadeiro saber consiste em saber que nada se sabe!!!
e regressas bem :)
ResponderEliminarAcho graça à ênfase que se dá à passagem do meio século, das décadas, das datas redondas :)
ResponderEliminardeep, que venham dias felizes para ti!
Não sabemos nada, mesmo quando achamos que sabemos. Mas a vida está aí, linda para ser vivida. Que seja feliz. Gostei muito do poema.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.