sexta-feira, maio 03, 2024

Continuo a sentir-me...

 ... quotidiana e tributável, aliás, cada vez mais quotidiana e prosaica, por isso não tenho tido vontade de escrever.

Partilho um devaneio de dezembro de 2018.

Sinto-me quotidiana e tributável,
(Bendito Álvaro, que mandou para o Diabo
as convenções!)
entregue à prosa do fogão, das panelas,
dos seguros, dos impostos e dos papéis.
Só a solidão parece aventurar-se
em voos poéticos mais ousados
– acabei de vê-la a trepar paredes.
 

7 comentários:

  1. A vida tem fases...
    Já me senti assim (mas não escrevo tão bem como tu, ah!ah!ah!). Mas é preciso reagir. A partir de certa altura da vida perdem-se as ilusões, mas não se pode perder a alegria.
    Parabéns atrasados...muito atrasados (mas lembrei-me de ti) desta amiga que nos últimos anos também tem andado um pouco desmotivada...lá está: são fases!

    Gosto muito deste teu poema:))
    Beijinhos e um bom fim-de-semana:))

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    1. Muito obrigada, Isabel! Pelos parabéns, pela presença, pela amizade.
      Há fases que temos de saber integrar e relativizar, na espera de melhores dias.
      Beijinhos :)

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  2. Gostei deste devaneio poético. Tantas vezes me senti na mesma. Mas deixei de dar asas à solidão. As paredes andam mais limpas.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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    1. Muito obrigada, Graça. Tento que o desânimo não me tome.
      Um beijo :)

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  3. Espero que essa vontade regresse.
    Pois, atrás dessa, outras vontades aparecem...
    Bom resto de semana.
    Um abraço.

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    1. Muito obrigada, Jaime. Gosto de saber que ainda aqui "passa".
      Um abraço :)

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    2. Vou passando.
      Há pessoas que não se pode esquecer. Foram muitos anos.
      Passe pela minha loja, hoje tenho um poema que homenageia Camões (na próxima semana, 2ª feira, vou criticá-lo, mas ao mesmo tempo desculpá-lo).
      Tudo de bom.
      Abraço e boa semana.

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