terça-feira, maio 19, 2020

E, de súbito


(Jardins da Gulbenkian, 2014)
E, de súbito, há essa luz
que se espalha sobre a tarde,
essa luz invasora
que traz o passado pela mão,
que o arrasta,
e mo devolve em fragmentos,
como um tempo já sem préstimo.

E, de súbito, é verão na primavera…
Vozes antigas ecoam na minha cabeça
como um mantra,
como uma ladainha,
uma canção infantil.

Vejo-me  menina,
alma sem mácula e sem mágoas,
corpo pequeno que se enrola
nas palavras alheias,
pronunciadas sem pressa.

deep, 15 de Maio de 2014

Em repetição...

4 comentários:

  1. Delicioso de ler. Poeticamente perfeito
    .
    Tenha um dia abençoado
    Cumprimentos poéticos

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    1. Muito obrigada, Ricardo. Um bom domingo. :) Cumprimentos.

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  2. Muito bonito, tanto o poema como a foto. Gostei muito.

    Beijinhos :)

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    1. Muito obrigada, Isabel. Bom domingo. :) Beijinhos

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