domingo, outubro 07, 2018

Não sei adivinhar as tempestades

1.
Não sei adivinhar as tempestades.
No fim de uma estação as borboletas morrem
e o vento quebra nas varandas altas.
É por trás dos vidros que então nos defendemos
de todas as surpresas: morremos de antemão.
E sob trovoada
assombra-nos o voo dos pássaros à chuva.

Carlos Poças Falcão, Arte Nenhuma

2 comentários:

  1. Magnífico este poema de Carlos Poças Falcão, autor que não conheço. Vou procurar…
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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    1. Graça, comprei por curiosidade um livro do autor e gostei.
      Espero que ontem tenha corrido bem. Tive pena de não ter podido ir ao Porto.
      Boa semana. Beijo

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