Não é apenas a serra que faz acontecer em mim um sentimento de familiaridade antiga, indissociável do tempo longínquo da infância. Há essa luz de Outono e um silêncio profundo, que o roçar das folhas dos castanheiros e o som rouco dos aviões - aves gigantescas, cujo estômago parece acusar uma fome permanente -, em vez de perturbarem, intensificam.
Há esse calor, excessivo para a época, que me toca a pele e me transmite a ilusão de que a alma fica em paz. Retomo, por isso, o trabalho, antes que os meus companheiros, os melhores amigos que posso desejar, me acusem de malandrice.
Li e gostei as tuas rememorações. Beijinhos
ResponderEliminarBom Outono!
ResponderEliminarNem toda a gente tem a sorte de ter como bons amigos os colegas de trabalho!
Lindo texto:)
Que bom que é ter essa paisagem, como fuga ;)
ResponderEliminar
ResponderEliminarAh, este feliz debruçar-se sobre a infância, além das feridas! Tão belo, assim dito.
Beijo meu
Obrigada, Aurora. :) Beijinhos
ResponderEliminarIsabel, os companheiros de trabalho eram os meus pais, com quem fui apanhar castanhas todo o Sábado.
Obrigada. :)
Paula, apesar das dores que pode causar, vale sempre a pena. :)
Obrigada, Lídia. :)
Beijinhos para todas