(Haia/ Den Haag, Agosto de 2010)
Quantas pessoas caminham naminha direcção? Quantas me
descobrem por entre a multidão
e pousam os seus olhos inteiros
nos meus olhos? Podia acreditar
que entre elas está o homem que
trocaria comigo os dedos sobre a
mesa, uma palavra que fosse gomo
de laranja e poema, o corpo aceso
sob o lençol cansado de mais um
dia. Mas quantos destes rostos de
pedra que me cercam escondem o
seu pelas ruas desta tarde? Quantos
nomes de acaso e de silêncio terei
eu de escutar para descobrir o seu
no meu ouvido? Quantas pessoas
caminham contra mim?
Maria do Rosário Pedreira, Poesia reunida
Muito bonito o poema.
ResponderEliminarQuantas pessoas caminham contra mim... e outras tantas ao nosso encontro!!!
ResponderEliminarBelo demais!!!
Abraço!