agora o outono chega, nos seus plácidos
meneios pelas vinhas, um dos vizinhos passa
um cabaz de maçãs por sobre a vedação:
redondas, verdes, o seu perfume vai
dentro de quinze dias ser mais forte.
a noite cai mais cedo e apetece
guardar certos vermelhos da folhagem
e amarelos e castanhos nas ladeiras
de setembro. a rádio fala no tempo variável
que vem aí dentro de dias. talvez caia
uma chuvinha benfazeja, a pôr no ponto certo
os bagos de uva. e há poalhas morosas, mais douradas.
aproveita-se o outono no macio
enchimento dos frutos para colhê-lo a tempo.
devagar, devagar. é mais doce no outono a tua pele.
Vasco Graça Moura
Um poema com cheiros, cores e sabores de um tempo que apetece...
ResponderEliminarVasco Graça Moura, uma excelente ideia!
L.B.
Tudo tão bonito...as fotos e o poema, e uma amiga de um mar de terra.
ResponderEliminarMuito obrigada.
~CC~
Louvo e junto-me a ti nesta homenagem, deep.
ResponderEliminarParabéns a ambas: votos reforçados para a CC, e parabéns a ti pela iniciativa :)
Lídia, sem dúvida. :)
ResponderEliminarCC, foi um prazer. ;)
R., muito obrigada. :)
Um óptimo fim-de-semana para todas.