domingo, junho 27, 2010

Pois...

«Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria. Deve haver certamente outras maneiras de se salvar uma pessoa, senão estarei perdido.»

Almada Negreiros

9 comentários:

  1. Curioso!
    Nunca fiz as contas, mas já tive essa sensação o que me causou uma certa inquietude.

    Um beijo

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  2. Maravilhoso, este Almada! Um exemplo da grande qualidade dos escritores: dizer o que já todos pensámos, com as palavras que poucos de nós saberiam usar :)

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  3. Há que seleccionar - e acreditar nos critérios elegidos.

    Não é por haver muitas laranjas que entro em angústia - não as comerei todas! - mas traz-me sossego pensar que sempre haverá laranjas, para quando quiser comer uma. Com os livros, a música, as artes em geral, a sensação é a mesma - sempre haverá para usufruir.

    :)*

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  4. Concordo com tsiwari...O importante é que sempre há bons livros para fruir...

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  5. Clorinda, retribuo o abraço. :)

    Lídia, por vezes experimento também alguma inquietude quando olho para a minha modesta biblioteca e constato que nunca terei tempo para reler a maior parte dos livros que li com prazer. Um beijo :)

    R., Almada é um dos modernistas de eleição. :)

    CCF, muitos mais... :)

    tsiwari, a grande diferença é que, em princípio, as laranjas têm um sabor previsível... ;)***

    ana maria, valha-nos isso. :)

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  6. deep : a vida é irrepetível. Cada laranja é uma laranja, com um sabor sempre diferente da anterior - porque já somos outros, com outras "papilas" quando para outra laranja nos voltamos.

    E podes substituir o nome laranja por qualquer outra palavra...

    :)*

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  7. tsiwari, tens razão. O melhor mesmo é saborear cada laranja por inteiro sem ter pena de não poder comer as que sobram.

    :)***

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