"Dizem que um amor com outro se paga, e mais certo é que um amor com outro se apaga. Assim como dois contrários em grau intenso não podem estar juntos em um sujeito, assim no mesmo coração não podem caber dois amores, porque o amor que não é intenso não é amor. Ora, grande coisa deve de ser o amor, pois, sendo assim, que não bastam a encher um coração mil mundos, não cabem em um coração dois amores. (...) É o amor entre os afectos como a luz entre as qualidades. Comummente se diz que o maior contrário da luz são as trevas, e não é assim. O maior contrário de uma luz é outra luz maior. As estrelas no meio das trevas luzem e resplandecem mais, mas em aparecendo o sol, que é luz maior, desaparecem as estrelas. Em aparecendo o maior e melhor objecto, logo se desamou o menor."
Excerto de Sermão do Mandato do padre António Vieira
Excelente excerto de Vieira e com que sabedoria desalinha os comuns contrários ...
ResponderEliminarLi-o com a impressão de que estava a ler um contemporâneo, daí a excelência desta prosa num português de se lhe tirar o chapéu ...
Quem escreverá , hoje assim ?
Cordialmente________________----
JRMarto
Fósforo, por favor
ResponderEliminarO amor que não se apaga é fruto não apenas da longa experiência do Dr. Ed Wheat como médico, sexólogo e conselheiro. Seus penosos dois anos de tensão conjugal, após tornar-se cristão para surpresa e decepção da esposa e dos filhos, serviram de laboratório para experimentar e referendar os conselhos bíblicos sobre o casamento.
recomendo...
Estou com o JMarto...
ResponderEliminarQd comecei a ler, sem 'bisbilhotar o autor', estive a ler poesia, ñ prosa, nem sermão, conselho...
Bjis
rubia