terça-feira, outubro 28, 2008

café con libros



Agora que o silêncio é um mar sem ondas, 
E que nele posso navegar sem rumo, 
Não respondas 
Às urgentes perguntas 
Que te fiz. 
Deixa-me ser feliz 
Assim, 
Já tão longe de ti como de mim. 

Perde-se a vida a desejá-la tanto. 
Só soubemos sofrer, enquanto 
O nosso amor 
Durou. 
Mas o tempo passou, 
Há calmaria... 
Não perturbes a paz que me foi dada. 
Ouvir de novo a tua voz seria 
Matar a sede com água salgada. 

Miguel Torga, Súplica

1 comentário:

  1. É bom que nos lembrem algumas Pessoas que no rame rame por vezes ficam esquecidas...

    bjis

    rubia

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