Ninguém me dará a mão antes da queda.
Resplandecem, nos meus pés nus,
os caminhos que andei.
Está frio aqui.
Talvez seja melhor assim,
talvez me habitue à ausência do amor.
Oculto o meu rosto e a ternura no véu de orvalho
que um dia trouxe dos campos de linho e de anis.
Tudo escurece no meu coração.
Tudo passa lentamente, ano após ano,
e agora ele aproxima-se,
o senhor dos astros, o senhor da outra morte.
José Agostinho Baptista, Quatro Luas
um dos poetas que venho lendo desde os anos 80, sempre com grande apreço!
ResponderEliminarAbraço amigo__________________----
JRMarto