sábado, julho 05, 2008

Com o texto anterior não pretendo, de forma alguma, declarar guerra a alguém, colocar-me do outro lado da barricada. Fazê-lo seria adoptar, pelo inverso, a atitude inquisitiva e penalizadora que observo em algumas pessoas. Seria assumir arrogantemente uma posição como certa. Mesmo quando fazemos opções conscientemente, há momentos em que experimentamos a dúvida, a angústia de não termos escolhido o caminho certo e noutros momentos sentimos, inevitavelmente, inveja da vida que os outros têm só porque não é a nossa.
As minhas palavras não passam de um apontamento de impressões, de sentimentos e de realidades que observo.
Mais: as amizades, quando são genuínas, estão para além dessas barreiras que a sociedade nos impõe. Nem as afinidades advêm de variantes como a idade, o sexo ou o estado civil das pessoas com as quais nos relacionamos.

3 comentários:

  1. Grande é aquele que no abre as portas pelo que somos e não pelo que temos. Temos um estado civil, temos uma idade cronológica, temos uma religião, temos um comportamento, temos, ... Onde está o somos? Surge quando alguém como tu nos abre as portas.
    Bjs

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  2. Que bela reflexão este seu texto.
    tanto em tão poucas linhas...
    clorinda

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  3. É verdade, Infame, conjugamos vezes de mais o verbo ter, esquecemos o "ser", o nosso e o dos outros. Não abrimos portas por acaso... Capicce?


    Clorinda, obrigada pela visita e pelas palavras. :)

    Já dei uma espreitadela ao Carpe Diem, mas hei-de passar lá com mais tempo.

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