segunda-feira, novembro 20, 2017

Das publicações visitadas

Sós, eternamente

Estamos sós.
Não o negues.
Os amigos chegam,
ruidosos e afáveis,
com risos e migalhas de tempo.
Partilham memórias de infância,
alegrias e angústias presentes.
Ofertam fruta e compotas.
Sentam-se à nossa mesa
para brindar ao amor ou à vida.
A felicidade em fatias.
Chegada a noite, recolhem escombros
e partem.
Sós. Eternamente.

Como nós.

deep, (talvez) Setembro de 2017

Este devaneio, que publiquei aqui no dia 12, tem motivado repetidas visitas a este blogue. Curiosamente, esse post não tem um único comentário. Confesso que fico curiosa sobre os motivos, bons ou maus, que trazem pessoas aqui.

12 comentários:

  1. Pessoalmente posso dizer que venho espreitar muitas vezes porque gosto do que leio. Desta vez não foi exceção. Não comentei porque nunca comento e algumas vezes nem chego a entrar porque leio no feedly. Comentário? Identifico-me com texto que diz tanto com tão poucas palavras. É belas :)

    ResponderEliminar
  2. O poema é excelente e refere o quotidiano de todos nós. Sempre tão sós...
    Não sei por que te visitam, mas isso é bom mesmo que não comentem. Eu quando te venho ler deixo a minha marca.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  3. Eu não comentei mas gostei do poema e coloquei-lhe um link lá na minha esquina. Se alguns visitantes, por acaso vêm de lá, então eu quero pensar que são motivos bons. Em todo o caso, os meus motivos são dos melhores. :))

    ResponderEliminar
  4. "Às vezes é no meio do silêncio
    Que descubro as palavras por dizer.."

    lembrei-me desta canção da Maria Guinot, no festival Eurovisão, para
    compreender que estamos sós, como este belo poema retrata.

    Pois, porque estou aqui?
    Um acaso, uma primeira vez.
    Cheguei, li e gostei. Seguirei.

    Quanto aos poemas em voo, por aí,
    uns poisam em alguns jardins, outros perdem-se na alta atmosfera (blogosfera?). Eu não me posso queixar: são poucos, mas são os melhores.
    E por aqui fico...
    Um abraço (a não sei quem)

    ResponderEliminar
  5. gostei de ler o poema
    e quando entro digo de minha justiça.

    (nem sempre direi certo, mas a minha "solidão" assim o dita!)

    beijo

    ResponderEliminar
  6. Obrigada, Gaja Maria, pelas visitas e pelas palavras. Acontece com todos: também costumo passar em muitos blogues, sem comentar, ainda que goste do que leio.

    ResponderEliminar
  7. Obrigada, Graça. Sempre gentil. Eu sou mais desnaturada, que não dou a atenção que devo a quem merece.
    Bom fim de semana. Beijo

    ResponderEliminar
  8. Muito obrigada pela referência, luisa. Está explicado o "mistério". :)
    Bom fim de semana. Beijo

    ResponderEliminar
  9. Obrigada, Luís Castanheira, pelas palavras e pela visita. Lembro-me bem dessa canção e da participação da Maria Guinot no Festival. :)

    ResponderEliminar
  10. Manuel Veiga, obrigada pelas palavras. :)
    Já percebi, pelas fotos no mural de Facebook da Poética, que a apresentação do seu livro correu bem. Bonito lugar aquele!
    Bom fim de semana. Beijo

    ResponderEliminar
  11. "Nenhum homem é uma ilha"..., Mar Arável. Bj

    ResponderEliminar