Dirigiu-se a mim com a simpatia habitual.
«Sabe, já está trabalhar.» - disse, referindo-se ao filho. «Estão muito contentes com o trabalho dele. Até vai ficar efetivo na empresa.», acrescentou, orgulhosa.
«Fico muito contente, ele merece.», disse-lhe.
«Obrigada. Também tem responsabilidade no sucesso dele. A verdade tem de ser dita.», rematou, antes de se despedir.
Concluídas as minhas compras, dirigi-me à caixa para pagar. À minha frente, seguia, na companhia de uma criança pequena, um jovem que reconheci de imediato. A certa altura, voltou-se para trás e olhou para mim com a indiferença de quem olha para uma desconhecida.
Trabalhou comigo há alguns anos, durante meses. Nesse tempo, era afável e divertido. O tempo não lhe levou apenas o cabelo. Levou-lhe a gentileza e a simpatia.
Naquele momento, perguntei-me: o que terá este jovem para ensinar ao mais jovem que leva pela mão?
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