O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Eugénio de Andrade, O Outro Nome da Terra
Com votos de felizes dias para a ana e para a CC!
Adoro amoras silvestres.
ResponderEliminar.
Um dia feliz … cumprimentos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Obrigada querida Deep...adoro o poema e já comia uma dessas amoras:)
ResponderEliminarO meu gosto por este poeta não é de dizer.
ResponderEliminarO Eugénio sempre a comover-me com as palavras que escreveu. Gostei tanto de o ler aqui.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.