(Gimonde, Bragança)
Por vezes
Por vezes, ignoramos o leito do rio,
ignoramos que há barcos que se perdem
na voragem dos dias.
ignoramos que há barcos que se perdem
na voragem dos dias.
Buscamos, pela tarde,a sombra das árvores,
o canto primordial de um regato.
o canto primordial de um regato.
Ansiamos por um canto de ave,
pela suave ondulação de uma seara.
pela suave ondulação de uma seara.
Mas vê como, subitamente,
a luz afrouxa com a passagem
das horas.
a luz afrouxa com a passagem
das horas.
Repara como a margem
se fez lamacenta,
como é maior agora
a distância entre os meus dedos
e o teu cabelo.
se fez lamacenta,
como é maior agora
a distância entre os meus dedos
e o teu cabelo.
Em breve, nada sobrará
que possa ser, entre nós,
dádiva...
que possa ser, entre nós,
dádiva...
Lírico ... Poético
ResponderEliminar.
Saudações
Ignoramos tanta coisa enquanto a luz se faz sombra com a passagem das horas e as distâncias se tornam inquietas… Lindíssimo poema!
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.