Poema para a Sofia Andresen (assim o intitulou o autor)
Não sei porque floriram no meu rosto
os olhos e os rostos que há em ti.
Floriram por acaso, ao sol de agosto
sem mesmo haver agosto ou sol em mim.
Não sei porque floriram: se o orvalho as queima
(Ponho as mãos nos olhos para os proteger!)
Tão estranho! florirem no meu rosto
olhos e rostos que não posso ver.
os olhos e os rostos que há em ti.
Floriram por acaso, ao sol de agosto
sem mesmo haver agosto ou sol em mim.
Não sei porque floriram: se o orvalho as queima
(Ponho as mãos nos olhos para os proteger!)
Tão estranho! florirem no meu rosto
olhos e rostos que não posso ver.
Eugénio de Andrade, Fevereiro de 1946
Na foto: Agustina Bessa-Luís, Sophia de M. B. Andresen e Eugénio de Andrade
Foto e poema surripiados aqui.
Eugénio de Andrade nasceu há 96 anos (19 de Janeiro de 1919).
Que bonitos todos três!
ResponderEliminar~CC~
Sophia e Eugénio. Que poesia excelente nos deixaram! E a Agustina: maravilhosa escritora… Que bela fotografia!
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Gosto muito de todos, Graça.
EliminarBeijos
Não deviam morrer os pássaros
ResponderEliminarMorrem os pássaros, fica os desenho dos seus voos, Mar Arável.
EliminarQue fotografia fantástica!
ResponderEliminarSem dúvida, ana! Bjs
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