a tua face será pura limpa e viva,
nem teu andar como onda fugitiva
se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
do teu ser. Em breve a podridão
beberá os teus olhos e os teus ossos
tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem não possa viver
sempre,
porque eu amei como se fossem eternos
a glória, a luz e o brilho do teu ser,
amei-te em verdade e transparência
e nem sequer me resta a tua ausência,
és um rosto de nojo e negação
e eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
Sophia de M. B. Andresen
Ontem,veio à conversa com um colega, um verso deste belo, ainda que triste, poema da
Sophia.
eu tenho uma relação complicada com a sophia, mas sinto este poema por dentro.
ResponderEliminarbeijo, deep
ResponderEliminarA finitude, em tudo. Até no Amor...
Bj.
Lídia
Acho-o um dos poemas mais bonitos da Sophia.
ResponderEliminar~CC~
ana, gosto de muitos textos escritos por ela. Deste gosto particularmente. :)
ResponderEliminarbeijo e bom fim de semana
Lídia, talvez haja amores que sobrevivam à morte. Este parece um deles.
Beijo e bom fim de semana
CC, também é um dos eleitos. :)
Beijo e bom fim de semana