Homenagem a Ricardo Reis
I
Não creias, Lídia, que nenhum estio
Por nós perdido possa regressar
Oferecendo a flor
Que adiámos colher.
Cada dia te é dado uma só vez
E no redondo círculo da noite
Não existe piedade
Para aquele que hesita.
Mais tarde será tarde e já é tarde.
O tempo apaga tudo menos esse
Longo indelével rasto
Que o não-vivido deixa.
Não creias na demora em que te medes.
Jamais se detém Kronos cujo passo
Vai sempre mais à frente
Do que o teu próprio passo.
Sophia de M. B. Andresen, Poemas sobre Pessoa
Sempre corremos atrás do tempo.
ResponderEliminarE ele é sempre, como o Lucky Luke, mais rápido do que a própria sombra!
ResponderEliminara mania de fazer poesias ás lidias, dever ser porque não existem e assim as mulheres chateiam menos
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