«Daqui a uns dias, reze por mim e acenda uma luzinha.»
O sinal de interrogação no meu rosto fê-la continuar: «Vou ser operada no IPO.»
Tentei umas palavras de conforto, que saíram desajeitadas. Que palavras não são desajeitadas em circunstâncias destas?
«Sei que não vai à missa, L..»
«Às vezes, vou à missa.», retorqui.
«Isso não importa. O que importa é o que está aí dentro e, aí dentro, há um coração grande.»
Aproximou-se à procura de um abraço. Depois, numa atitude egoísta, fui eu que procurei nela outro abraço.
«Não se esqueça de rezar por mim.», disse quando começou a descer as escadas em direcção à rua.
ResponderEliminarMomentos difíceis aqueles em que tudo o que podemos é acender uma vela.
Beijo
Lídia
Nunca sei o que fazer, Lídia, a não ser oferecer companhia, sem abordar o assunto. :)
ResponderEliminarBom domingo. Beijo.
Nestes casos, deep, as acções e as palavras vêm do olhar e da carícia...
ResponderEliminarxi-💚
E não precisam de ser grandes acções, nêspera. :)
ResponderEliminarXi-coração