Em repetição por aqui este "devaneio" de Outubro de 2015, com supressões.
Nirav Patel
Se chegares, chegas tarde.
Apaguei todas a luzes
que poderiam indicar-te o caminho.
Fechei a porta
e abracei o silêncio.
Estou cansada demais
para acolher corações
em desalinho.
Arrumei a mesa,
guardei nos seus lugares
o pão e o vinho.
Não há, agora, espaço para a comunhão.
[...]
Hoje o céu apresentou-se vestido de um cinzento opaco. O nevoeiro ocultou a serra. Não me atrevi a pôr o nariz na rua, mas suponho que o frio faz coro com a cor do céu.
Acendi o fogo, tomei um pequeno almoço reconfortante. Mais reconfortantes foram as vozes das pessoas queridas que hoje me ligaram para saber de mim.
Apesar do dia e de todo o trabalho que, impaciente, me espera, estou em paz.
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