Segue os trilhos da infância.
Não os percas de vista.
Neles, encontrarás um som.
Talvez o chiar dos carros de bois
de regresso à aldeia,
no fim de uma tarde de Verão,
talvez o canto das cigarras.
Segue-os...
Neles, encontrarás aquele raio de luz
que, intrometendo-se pelas frinchas do telhado,
ilumina os objetos quotidianos que repousam
sobre a mesa e sobre o velho escano.
Segue esses trilhos primeiros...
Neles, habitam ainda o aroma amargo
das giestas e o toque resinoso das estevas.
Encontrarás pedras, é certo.
Cobrir-te-ás de pó... não duvides.
Mas deles emergirão as vozes
que te seguram e que te guiam
no regresso a ti.
deep, 8 e 9 de Fevereiro de 2016
deep, a gravação pareceu-me bem.
ResponderEliminarE gosto especialmente deste poema!
Obrigada, Isabel.:) Beijo
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