ausência dói-me. Refiro-me a essa dor que não
magoa, que se limita à alma; mas que não deixa,
por isso, de deixar alguns sinais - um peso
nos olhos, no lugar da tua imagem, e
um vazio nas mãos, como se as tuas mãos lhes
tivessem roubado o tacto. São estas as formas
do amor, podia dizer-te; e acrescentar que
as coisas simples também podem ser complicadas,
Quando nos damos conta da diferença entre o sonho e a
realidade.
Porém, é o sonho que me traz a tua memória; e a
realidade aproxima-me de ti, agora que
os dias correm mais depressa, e as palavras
ficam presas numa refracção de instantes,
quando a tua voz me chama de dentro de
mim - e me faz responder-te uma coisa simples,
Como dizer que a tua ausência me dói.
Nuno Júdice, Pedro Lembrando Inês
Deep, que bom trazeres aqui este poema de Nuno Júdice.
ResponderEliminarNunca me canso de o ler!
Beijo
É muito bonito, não é?
ResponderEliminarBeijo,Isabel.
é tão bonito, este poema do Júdice... :)
ResponderEliminarMuito, mesmo, ana. :)
ResponderEliminaro que dói é a presença da ausência
ResponderEliminarPois é,Luís.:)
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