quinta-feira, fevereiro 11, 2016

A poesia

«Porque a poesia, verdadeiramente, tem esta tarefa sublime: pegar na dor que espuma e ronca na nossa alma e sossegá-la, transfigurá-la na calma suprema da arte, como fazem os rios ao desaguar na vastidão celeste do mar.»
Antonia Pozzi

                                                              (Numa parede em Tomar)

A poesia, como a escrita, tem esse poder de exorcizar alguns fantasmas, de cauterizar feridas. Tê-lo-á de facto ou tudo não passa de ilusão?
A poesia tem, pelo menos, essa capacidade de ser espelho, onde nos vemos refectidos, o que somos e o que sentimos, mas ela é, sobretudo, a forma incisiva que encontramos para nos exprimirmos, para nos dizermos com palavras alheias que não soubemos encontrar nem ordenar como gostaríamos.

6 comentários:

  1. A possibilidade de transformação, parece-me o bem maior dessa saída.
    Um beijinho, adorei rever-te. Ficou a faltar a dedicatória, fica para a próxima ;) Muito obrigada!

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  2. Eu também adorei rever-te, só tenho pena que não tenha sido mais tempo. De nada! Paula, um obrigada por seres como és e por teres feito um desvio para o nosso café. :) Um beijinho

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  3. Sempre, Isabel. Ainda que a poesia venha inscrita só nos gestos, num olhar ou em pormenores que nos rodeiam. :)

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  4. Depende da poesia,Luís, e daquilo que entendemos por poesia.

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