(Imagem de Nirav Patel)
Vai serenamente por entre a
agitação e a pressa e lembra-te da paz que pode haver no silêncio. Sem seres
subserviente, mantém-te tanto quanto possível, em boas relações com todos.
Diz a tua verdade calma e
claramente e escuta com atenção os outros mesmo que menos dotados e ignorantes;
também eles têm a sua história.
Evita as pessoas barulhentas e
agressivas; são mortificações para o espírito.
Se te comparas com os outros,
podes tornar-te presunçoso ou melancólico, porque haverá sempre pessoas
superiores e inferiores a ti.
Apraz-te com as tuas realizações tanto como
com os teus planos.
Põe todo o interesse na tua
carreira ainda que ela seja humilde; é um bem real nos destinos mutáveis do
tempo.
Usa de prudência nos teus
negócios porque o mundo está cheio de astúcia; mas que isto não te cegue a
ponto de não veres virtude onde ela existe; muitas pessoas lutam por altos
ideais e em todo o lado a vida está cheia de heroísmo.
Sê fiel a ti mesmo. Sobretudo
não simules afeição nem sejas cínico em relação ao amor porque, em face da
aridez e do desencanto, ele é perene como a relva.
Toma amavelmente o conselho
dos mais idosos, renunciando com graciosidade às ideias da juventude.
Educa a fortaleza de espírito
para que te salvaguarde numa inesperada desdita. Mas não te atormentes com
fantasias. Muitos receios surgem da fadiga e da solidão.
Para além de uma disciplina
salutar, sê gentil contigo mesmo.
Tu és filho do universo e, tal
como as árvores e as estrelas, tens direito de o habitar. E quer isto seja ou
não claro para ti, sem dúvida que o universo é – te disto revelador.
Portanto vive em paz com Deus
seja qual for a ideia que d´Ele tiveres. E quaisquer que sejam as tuas lutas e
aspirações, na ruidosa confusão da vida, conserva-te em paz com a tua alma.
Com toda a sua falsidade,
escravidão e sonhos desfeitos o mundo é ainda maravilhoso.
Sê cauteloso. Luta para seres
feliz.
Max Ehrmann, com tradução de
M. L. Peixoto
Recebi, há dias, de um amigo, este poema que, segundo algumas pessoas, é de um anónimo.
A versão que conheço é um bocado diferente. Também devido à tradução.
ResponderEliminarÉ lindíssimo!
ResponderEliminarTambém o tenho no blogue.
Beijinhos:)
Isabel Pires, vi outras versões, mas gostei sobretudo desta, que é a mesma que me ofereceram.
ResponderEliminarIsabel, é sim. :)
ana, obrigada. :) O texto ganha com a voz do Ruy de Carvalho.
Beijos para todas
Até os anónimos têm nome
ResponderEliminarÉ verdade, Luís.
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