Só o ruído contínuo do motor da máquina e o cheiro de gasolina perturbam a minha paz. Até os três homens, de gerações diferentes, que executam as suas tarefas com firmeza, trabalham quase sempre em silêncio. Enquanto seguro uma das pontas da lona que recolhe os frutos que se soltam das árvores, usufruo dos raios de sol que, apesar de ser Novembro, são cálidos, e de uma leve brisa que entretanto se levantou. Como Caeiro, «fecho os olhos quentes, /[...] /Sei a verdade e sou feliz».
Reabro os olhos e contemplo a paisagem em volta - as aldeias próximas, as serras, a vila cujo casario se desenha apenas numa linha, terras de Espanha - e é de novo ao mestre [Caeiro] que vou roubar as palavras: «Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo... /Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, /Porque eu sou do tamanho do que vejo /E não do tamanho da minha altura...». E o que sinto é mais do que alegria, é uma espécie de êxtase.
Reabro os olhos e contemplo a paisagem em volta - as aldeias próximas, as serras, a vila cujo casario se desenha apenas numa linha, terras de Espanha - e é de novo ao mestre [Caeiro] que vou roubar as palavras: «Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo... /Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, /Porque eu sou do tamanho do que vejo /E não do tamanho da minha altura...». E o que sinto é mais do que alegria, é uma espécie de êxtase.
Reabro
Quando
Gostei imenso do texto e compreendo essa forma de ser feliz!
ResponderEliminarBom domingo:)
Uma felicidade feita de pequenos instantes.:)
ResponderEliminarSenti cada palavra, como se estivesse lá!:)
ResponderEliminarBem hajas! Um beijinho.
Bem hajas tu pelas palavras, Paula. :) Beijo
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