Edward Hopper, "Summer in the city"
Não mais dos teus olhos
brotam aves, quando amanhece
e a luz desenha geometrias
no chão, nas paredes,
e nos telhados em frente.
A manhã chega tarde ao teu corpo,
despido agora da ternura
que o meu corpo reclama ainda.
Nascem, nos teus dedos,
gestos lentos e inábeis,
despojos de carícias antigas,
memórias de um tempo
que nos pertenceu.
As palavras, em desconcerto
com os seus referentes,
vagueiam, cansadas,
entre o quarto e a porta da rua,
numa ânsia absoluta de redenção.
Deep, 09 de Junho de 2015
Não mais que um apontamento...
Deep
ResponderEliminargostei demais do poema!
terno e um pouco sensual.
beijo
:)
Muito obrigada, Piedade. :)
ResponderEliminarBj
Há dias assim
ResponderEliminarquase eternos
Ou eternos no que têm de cíclico, Mar Arável. :)
ResponderEliminarO poema é bonito e a pintura escolhida também. Gosto da pintura de Edward Hopper.
ResponderEliminarBom fim-de-semana:)
È mesmo muito bonito! Que boas inspirações. :)
ResponderEliminarOlá, Deep.
ResponderEliminarBonito poema. E, como bom poema, sempre dado a várias interpretações aos olhos de quem lê, segundo seu estado de espírito, suas vivências e todo seu ser. A mim, "trouxe-me" a manhã depois da noite de amor, em que os amantes apaixonados despertam e, na ausência do luar e na presença da luz ofuscante do sol que acorda, a realidade já não sabe a mel...
bj amg
Muito obrigada, Isabel. :) Também gosto bastante de Hopper.
ResponderEliminarMuito obrigada, Paula.:)
Olá, Carmem, e muito obrigada. :) Qualquer poema se presta sempre a diferentes interpretações que só o tornam mais rico. :)
Bjs para todas