Urgência animal
Urge, nessas tardes de estio,
percorrer caminhos de pó,
resgatar a memória das árvores,
e torná-las nossas.
Urge sentir, na polpa dos dedos,
a dureza da pedra,
o rendilhado dos líquenes.
Urge absorver o aroma agreste das estevas,
escutar os sons que reclamam
a nossa natureza animal.
Urge sermos pó, ramo de árvore, pedra dura,
animal que, despojado de tudo,
anseia pela luz, pelo princípio.
Agosto/ 2013
É urgente o amor
ResponderEliminarporque não basta ter razão
Mar Arável, também me ocorreu Eugénio... :)
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