Mas vejam que miséria quando o clube
perde em casa, quando chove no molhado
do recreio a tarde toda, quando o carteiro
faz greve e o outono se insinua -
vejam que miséria este défice de razões
para pôr em movimento a roda perra
do dia, esta pomba trucidada pela ambulância
que guina, enquanto o vizinho almoça e o poeta
transfigura - mas vejam que miséria
quando a arte não resgata e a orquestra
não anima e o amor torna mais árdua
a triste faina da vida.
Rui Pires Cabral
O título pertence a Christopher Isherwood (Lions and Shadows)
Há dias assim
ResponderEliminarincomensuráveis
São também esses dias que nos fazem renascer.
ResponderEliminarab
Assim é, Mar Arável e Armando Sena. ;)
ResponderEliminarBom resto de semana para ambos.
ResponderEliminarBarco encalhado com a terra à vista...
Belo poema!
dá vontade de dizer que os genes não falham... :) Que belo poema! Obrigada, Luísa... Beijinhos
ResponderEliminarÉ, sim, Lídia. :)
ResponderEliminarÉ caso para dizer, Virgínia, que "filho de peixe sabe nadar"!
Beijinhos