sexta-feira, agosto 30, 2013

Dizer-te que a noite

Só mais um devaneio... nada mais!



Dizer-te que a noite 
é um monstro que nos devora
não apaga a tua sede de estrelas.

Ainda que saibas que o rio
sempre se perderá na imensidão
do mar
não deixarás de percorrer
as suas margens.

Ainda que eu saiba que corres, 
como o rio,
em direcção ao mar,
não deixarei de te amar.

Não deixarei de perseguir
o teu olhar de água,
os teus dedos delicados,
como são delicados os caules
das flores que colhias para mim.

Não deixarei de seguir o curso
da tua voz, poderosa como o leito
do rio que persegues.

Deep/ há minutos

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