(Mosteiros, S. Miguel/ Julho de 2011)
Falas-me do sole da areia morna
de outros poentes.
Em troca, conto-te
o frio das noites,
o cinzento das horas
que se agarrou a mim
como uma pele nova.
Peço-te, com os olhos
e com o que silencio,
que me leves contigo
a ver os poentes em brasa
de que perdi a memória.
Mas tu ignoras os meus gritos,
tu preferes não ver
o gume em que caminho
nas horas de desespero...
Tu nunca ficas:
o teu coração precisa de luz...
Tu nunca ficas: os teus braços
anseiam ser asas...
Tu nunca olhas para trás: o teu mundo
são o mar e a vastidão
de montanhas e de desejos...
Sim, há quem nunca fique...
ResponderEliminarO texto é belo e a foto também.
Obrigada. :)
ResponderEliminarBom fim-de-semana.