Finjo que és quase nada
És só mais uma fotografia
Clandestina numa pasta
Dum arquivo do qual só eu
Conheço a palavra-passe
E minto-me cada vez
Que abro essa pasta e digito
A palavra que só eu sei
E que compõe
A password que é
O teu e o meu nome
Enredados
Escritos em letra minúscula
Finjo que foste quase nada
E afinal trago tatuado
Em meu subsistir
O teu nome em letra imperceptível
Que se retém
Nas reminiscências dos meus dias
Finjo que és quase nada
E sei que afinal
és quase tudo...
Piedade Araújo Sol
Bonito. Muito atual. Perfeitamente desconhecido também. ótima escolha.
ResponderEliminarDesconhecia a autora que, ao que percebi numa breve pesquisa, é madeirense e tem pouca coisa publicada, mas gostei.
ResponderEliminarBom domingo. :)
é sempre bom ler coisas que já escrevi faz muito tempo...
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