as minhas) rasgar o nevoeiro,
entrar na luz a prumo.
Se a voz viesse. Não uma qualquer:
a tua, e na manhã voasse.
E de júbilo cantasse.
Com as tuas mãos, e as minhas,
pudesse entrar no azul, qualquer
azul: o do mar,
o do céu, o da rasteirinha canção
de água corrente. E com elas subisse.
(A ave, as mãos, a voz.)
E fossem chama. Quase.
Eugénio de Andrade
De uma ternura imensa neste dizer das mãos a rasgar o nevoeiro, a chamar a voz, o azul para que no alto se façam chama...
ResponderEliminarÉ um poema de amor como só Eugénio sabe fazer.
Um beijo
Eugénio é, há muito tempo, um dos eleitos.
ResponderEliminarObrigada pelas palavras, Lídia.
Beijos e bom fim-de-semana. :)
Fizeste uma excelente escolha poética.
ResponderEliminarO Eugénio de Andrade é um dos meus poetas favoritos.
Querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Lindo. Também adoro Eugénio de Andrade. Tão simples e tão profundo.
ResponderEliminarBoa semana para todos! :)
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