quarta-feira, maio 23, 2012

Devaneando

O meu corpo dentro de água. Pelo recorte da janela, impõe-se um céu de crepúsculo, que se desenha em densas nuvens, entre azul e cinza carregado. Por entre tímidos raios de sol, um bando move-se numa dança harmoniosa e repetida. 
O meu corpo dentro de água. Sou, de súbito, assaltada pela imagem dos teus olhos verdes, pela memória, presa ainda aos meus dedos, da textura da tua roupa.
Pela janela, começa a insinuar-se a noite e o meu corpo, ainda dentro de água, busca o que sobra de luz.

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