quinta-feira, maio 17, 2012

Amiúde

No vale dos afetos ninguém está seguro: 
Míngua a lembrança, 
esquece-se o rosto, 
retorna-se ao eu, os lábios secam, as palavras dormem, os sonhos dispersam-se, a 
presença ausenta-se, há o lago de que não se vê o fundo. 


E apenas as pequenas ilusões 
- um café, o cigarro, a limonada - 
imitam dois corações unidos... 


Raul de Carvalho

4 comentários:

  1. É muito bom passar por aqui e ler um texto tão belo logo pela manhã.

    ResponderEliminar
  2. É certo. Ninguém está seguro. Há que mimar os afectos com "sopinhas quentes" e atenções q.b. :)

    Um óptimo fim de semana!

    ResponderEliminar
  3. Isto é certo e sabido...porque esquecemos tantas vezes?!

    Bjs
    ~CC~

    ResponderEliminar
  4. Obrigada a todas pela presença e pelas palavras. Abraços. :)

    ResponderEliminar