(Escher, "Pássaros")
Secaram-me os versosquando o coração
no rigor dos dias se fez pedra.
Secou em mim o amor,
quando me recusaste a ternura líquida
dos teus olhos e o alimento
que ofertavas com as tuas mãos,
com o teu corpo em febre.
Tornaram-se secas as palavras,
até, noite após noite,
se perderem na negritude fria
das esperas.
Um grito de ave
corta o silêncio, fere a noite em cinza.
Afiada faca que dilacera,
que faz em pedaços o que era ainda
promessa em mim.
Deep, há minutos
Lindíssimo poema!
ResponderEliminarObrigada, Susana e seja bem vinda a esta "casa". :)
ResponderEliminarMagnífico!
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