Respiro
as margens dum tempo
sem cuidado
e o ar é frio
atravessa os sulcos
da memória
como erva ou ave
suspensa
na manhã breve
Há um rio
parado
nesse registo
um pomar
com seus aromas
altos pinheiros
minados de solidão
e distância
Aqui penso
termina o texto ázimo
da infância
Reinvento
o que dela resta
noutro idioma
e uma dor antiga
me dói no vento
Luís Serrano, Entre Sono e Abandono
Gosto!
ResponderEliminarBonito, não é? :)
ResponderEliminarBela escolha. Estou curtindo aqui no Brasil seus textos, seu blog, este seu lindo espaço. Grande abraço!
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