19.
Troco contigo o rumor
de uma última carícia e escuto o silêncio
da multidão que passa para melhor ouvir o coração.
Vale a este subúrbio a árvore com miríades de flores
vermelhas,
o ténue fumo azul que se desprende das casas, a inscrição
na pedra que se vai prolongar na nossa ausência:
Omaggio Ángelo Portino, 1953. Algures,
o meu coração será o teu,
o teu silêncio o meu,
a solidão a partilha.
Amadeu Baptista, Arte do Regresso
o silêncio / coração / ausência / solidão
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