Sóbrio na escrita, discreto na vida, João Aguiar é um dos escritores portugueses contemporâneos que integra a minha lista dos eleitos. Cheguei à sua obra, há muitos anos, pela leitura de A Voz dos Deuses, um romance histórico, que tem como figura central Viriato e cujo narrador é um ficcional companheiro do bravo lusitano. Com Os Comedores de Pérolas, O Dragão de Fumo e A Catedral Verde viajei até Macau, acrescentando-se em mim um fascínio por este território, que nascera na adolescência quando me apresentaram duas portuguesas que vivíam lá. Foi também João Aguiar que me "apresentou" Solitão, o Navegador Solitário, que sucumbiu ao materialismo, depois de uma paixão avassaladora pela professora de Português, que partilhou com ele o seu gosto pela música erudita e pela literatura. Pelas palavras do escritor, revisitei os amores de Pedro e Inês, em Inês de Portugal. Outros títulos da sua obra "dormem" na minha estante. Talvez esteja na altura, numa justa homenagem ao escritor, de os ler.
Que descanse em paz e que os deuses - e os homens - não se esqueçam dele, para que a sua voz não se cale.
Subscrevo inteiramente estes votos, Deep, e junto-me a esta justa homenagem.
ResponderEliminarUm escritor de referência na nossa literatura, sem dúvida... acredito qu não vá ser esquecido. Mas fico com a sensação de que partiu cedo demais...
ResponderEliminarBeijinho
PS: gosto do novo visual :)
Apesar de ter lido muito pouco da sua obra, guardava respeito, enorme por este senhor! fui apanhada de surpresa com esta...
ResponderEliminarsubscrevo tb
Obrigada a todas por partilharem da modesta homenagem.
ResponderEliminarVirgínia, obrigada.