sexta-feira, setembro 11, 2009
regresso a Ítaca
Génesis
De mim não falo mais: não quero nada.
De Deus não falo: não tem outro abrigo.
Não falarei também do mundo antigo,
pois nasce e morre em cada madrugada.
Nem de existir, que é a vida atraiçoada,
para sentir o tempo andar comigo;
nem de viver, que é liberdade errada,
e foge todo o Amor quando o persigo.
Por mais justiça ...-Ai quantos que eram novos
em vâo a esperaram porque nunca a viram!
E a eternidade...Ó transfusâo dos povos!
Não há verdade:O mundo não a esconde.
Tudo se vê: só se não sabe aonde.
Mortais ou imortais,todos mentiram.
Jorge de Sena
A minha modesta homenagem ao poeta, no dia em que "regressa" à terra mater...
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sou tb modestamente solidária com a homenagem! Este poema foi uma excelenete escolha!
ResponderEliminarsaudações transmontanas...
Um grande Poeta.
ResponderEliminarE, por isso, uma merecida homenagem.
Bom fim de semana, beijo.
Deixo aqui algumas palavras de Manuel Alegre sobre a tranladação em causa:
ResponderEliminarAs cerimónias da trasladação dos restos mortais do poeta Jorge de Sena foram "quase clandestinas,
o lugar de Jorge de Sena seria no Panteão Nacional, onde se encontram outros vultos da Cultura portuguesa."
Um beijo
Um grande poeta que finalmente chegou a Portugal! Que descanse em paz!
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