As casas habitadas são belas
se parecem ainda uma casa vazia
sem a pretensão de ocupá-las
tornam-se ténues disposições
os sinais da nossa presença:
um livro
a roupa que chegou da lavandaria
por arrumar em cima da cama
o modo como toda a tarde a luz foi
entregue ao seu silêncio
Em certos dias, nem sabemos porquê
sentimo-nos estranhamente perto
daquelas coisas que buscamos muito
e continuam, no entanto, perdidas
dentro da nossa casa
José Tolentino Mendonça
Olá Deep,
ResponderEliminarhá bastante de verdade neste poema.... coisas perdidas ou desarumadas em minha casa é o que há mais...
Cumprimentos
Quem tem bom gosto sempre faz boas escolhas... nem sempre ficar sozinho é uma escolha nossa... quando o caminho é penoso, a caminhada deverá ser só nossa, sem arrastarmos ninguém. bj
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