"Para muitas pessoas, (aceitação) é igual a tolerância. Mas não é: a aceitação é incondicional, vem do coração; a tolerância é condicional."
"Existe, por vezes, uma tendência para recriminar as pessoas pelas suas condutas. Confere-se a uma determinada maneira de agir categoria de identidade: "Por um cão que matei, mata-cães me chamaram", reza um ditado popular, que nos serve de exemplo. Não distinguir a conduta da identidade é um autêntico problema para a comunicação. Todas aquelas expressões que utilizam o verbo ser dirigem-se directamente ao centro da nossa identidade: "És mesmo burro!", em vez de dizer "O que estás a fazer é uma burrice." Usar ser é pôr-lhes um rótulo inequívoco. (...) Esta visão distorcida da conduta e da identidade tem o seu paradigma na seguinte frase: "A culpa das coisas que nos acontecem é das circunstâncias; a culpa do que acontece aos outros é serem como são."
Ontem, fiz uma julgamento precipitado de uma pessoa. Pus-lhe um rótulo por uma atitude que teve, tendo deixado que essa atitude se sobrepusesse a tudo o que de bom já testemunhei.
Ocorreu-me, quando cheguei a casa, que somos tão céleres a julgar os outros como a encontrar desculpas para as nossas condutas. Lembrei-me também das palavras que lera, há uns tempos, num livro intitulado Nem eu me explico, nem tu me entendes de Xavier Gui.
Tenho alguns momentos desses. " Nem eu me explico, nem tu me entendes.Sobretudo at home.
ResponderEliminarBjos
wandolas
Se chegaste a casa e te lembraste, o juízo, precipitado, não foi definitivo.
ResponderEliminarPesaste outras coisas a que assistiras - recordaste o que leras.
Se formulaste essa precipitação em voz alta, já acalmaste a pessoa? Pois tu já te acalmaste...
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