terça-feira, junho 09, 2009

há um rumor

Há um rumor de folhagem
nas tardes lentas da infância,
e há vozes longínquas
que o calor estrangula.

Sentada no silêncio,
entregue à penumbra
estendo as mãos,
mas da limpidez
e da frescura das fontes
os dedos tocam só a memória.

De quando em quando,
há ainda uma rã que me ensina
o desgaste das pedras,
a verdura dos limos,
há ainda o odor dos pomos
que, debruçados,
trocam serenas palavras com a água.

4 comentários:

  1. de excelência , que bom ler-te ... e mais ... e mais !
    Abraço amigo , Poeta!
    _______ JRMARTO----

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  2. adorei! continua a brindar-nos com as tuas bonitas palavras.

    beijinho

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  3. Muito bonito! Só não sei porque não aparece o livro:))
    bjoca

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  4. Bela esta evocação...
    Estas memórias também me vistam, um som quente de cigarras e os cheiros das figueiras...

    Belo!

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