há um gato no telhado de zinco
passeando a sua pele cortês
mede a sua passada
pela intriga armadilhada
da mulher que no chão
dá leite a outros três
a mulher levanta-se
veste os olhos no dar
cobra o dia à noite
as fugas do adormecer
a morte não quer passar
a mulher vê-se com o coração de sair
veste de raposa o pescoço
andando na porta ou na janela
sai lenta a fugir
o gato lento sem surpresa
no telhado passeia erra
independente
José Ribeiro Marto
O enquadramento perfeito:o gato,a poesia e a música de fundo.
ResponderEliminarBjinhos.