domingo, maio 11, 2008

cansaço ou sabedoria?

A propósito do último post da Infame da Vileza, em que referia ter lido que, se tivéssemos que escolher os pais para os nossos filhos, optaríamos por pessoas vulgares e não por estrelas de cinema, ocorreu-me que, há tempos, em conversa com uma amiga, constatámos que as gerações posteriores à nossa tendem a valorizar mais a aparência e os aspectos materiais do que nós e que alguns nos olham com a sobrancería de quem está convencido de que nunca há-de envelhecer e perder a frescura dos vinte. Lembro-me que passámos, então, em revista as pessoas com quem nos relacionamos e nós próprias, que temos entre 37 e 50 anos, para concluírmos que estamos longe dos esteriotipos das capas de revista ou das telas de cinema. Quando os companheiros e os amigos nos “escolheram”, éramos mais jovens, menos cansados, mais sonhadores (mais “tesos” também!), mas pessoas igualmente “normais”. Com o tempo, passámos a valorizar o conforto (mas não a ostentação), a cuidar mais da aparência, mas conscientes de que já não temos vinte anos e de que, embora ainda possamos fazer muitas coisas que nos realizem e nos dêem prazer, a juventude é algo que não podemos recuperar, só a de espírito – esta dura até quando quisermos.
Com a idade, perde-se alguma energia, adormecem alguns sonhos, desenvolve-se algum cepticismo, nascem rugas e cabelos brancos, mas ganha-se em serenidade e sabedoria... quem disser o contrário mente ou ainda não ultrapassou os trinta e cinco!!!
Este devaneio levar-me-ia mais longe, mas o tempo urge e, neste momento, para citar o poeta, “outros valores mais altos se alevantam”!
Até logo...

5 comentários:

  1. Como se diz:
    "O diabo sabe muito porque é velho!"
    A juventude de espírito, como é dito e muito bem, dura o que quisermos.
    Bem sei que algumas profissões mais "quadradas" cerceiam essa longevidade.
    O que, felizmente, não é, creio poder dizê-lo, o nosso caso!

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  2. Sem querer ser desmancha-prazeres, axo q em algum momento da nossa adolescência tb nós pensávamos q ñ chegaríamos às nossas idades assim... tb acreditámos q faríamos diferença no mundo e ñ no rol das pessoas comuns...
    Já qt à sabedoria ñ ponho em causa a alheia, mas a minha... deixa mto a desejar...

    bjis

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  3. A propósito, viste o filme cuja banda sonora do Eddie Vedder apresentas? A sabedoria ñ chega só aos trintas com 23 havia quem tivesse + q eu...

    bjis

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  4. Claro que acreditávamos que faríamos a diferença... Na minha adolescência via o meu Pai com a minha idade um "velhote"...
    As perspectivas vão-se alterando.

    Quanto à sabedoria... a minha tb ñ é grande coisa... embora seja maior do q em jovem... :-P

    E não só não vi o filme como (oh espanto!) nem sequer sabia que a música era desse Eddie Vedder; apenas achei que ficava bem naquela animação!

    Bjocas

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  5. Zabal, a profissão talvez influencie um pouco em certos casos, mas mais do que isso parece-me ser uma questão de formação e, consequentemente, de mentalidade.

    Também é verdade que a fronteira entre as idades se esbateu e também a mim me pareciam já "bastante adultos" os maus pais com a minha idade. Hoje, que têm quase 70 anos, não sou capaz de os ver assim. Felizmente que assim é!

    la rubia, claro que também tivemos a pretensão de ser diferentes e de dominar o mundo, mas há aspectos que hoje se me revelam mais marcados e um deles é, sem dúvida, a arrogância.Salvo raras excepções, os meus colegas mais novos, que começaram a trabalhar à pouco tempo e que são uns miúdos ao meu lado, são incapazes de segurar uma porta, de agradecer quando alguém o faz e de cumprimentar quando passam por nós... não estou a falar de cor!

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