Hoje fomos conhecer e "mimar" o rio de que se adoptaram quinhentos metros. Ainda inexperientes, aproximámo-nos das suas margens com cautela. Aos poucos, apurámos os sentidos e começámos a familiarizarmo-nos com diferentes aspectos.
Da fauna, observámos rãs ibéricas e rãs parteiras e recolhemos, entre outras espécies, nepidais, efémeras, notonetas e sanguessugas. Fechando os olhos, apurámos o ouvido para a harmoniosa combinação de chilreios e da água a correr. Aprendemos que, à excepção da víbora cornuda, as cobras que encontramos nesta região são inofensivas.
Ao longo das margens, recolhemos amostras de diversos exemplares da flora - madressilva, dente-de-leão, ranúnculo, roseira brava, órquídea selvagem, primaveras, salpuro, etc. Pudemos compreender a localização e a morfologia de árvores ripícolas como o amieiro, o salgueiro e o freixo, e como a presença de líquenes (incrustados, fruticulosos ou folhosos) é sinal de que o ar não é poluído.
A análise à água, com 8 de ph, revelou-nos estarmos na presença de um rio em cujo leito há serpentinites e talco.
Pelo meio, almoçámos, demos uns toques na bola - houve quem preferisse jogar Uno - e, sobretudo, desfrutámos do dia ameno, do contacto com a natureza e da boa disposição de todos.
Fica o registo num tosco conjunto de imagens. :)
Quando menino passei horas metido em rio de água pouco profunda, apanhando (e soltando depois) "colheres" -assim chamávamos aos girinos-, pequenos peixes e rãs.
ResponderEliminarBons tempos...
... fizeste-me recordá-los! ***
Bons tempos, esses que passávamos um dia inteiro no rio enquanto as mães lavavam as roupas de cama de inverno...
ResponderEliminarBom domingo.
José Ribeiro Marto( JRM) diz:
ResponderEliminar.... foi bom ler e perceber como tudo participa de tudo, a natureza nas suas diversas leituras e apontamentos, o convívio.... o estar...
cordialmente
JRM