De novo Pessoa - desculpem-me a recorrência! Desta vez, não a simples leitura, antes o privilégio de "ouvê-lo" (Tsiwari, espero que me perdoes o "roubo"!), numa apresentação de aproximadamente uma hora e vinte minutos.
Em "Sou do Tamanho do que Vejo", desfilam, num patchwork harmonioso, excertos criteriosamente "retalhados" da produção do poeta, que, a meu ver, se eleva a uma dimensão nova. Enfatiza-se, num monólogo a três vozes, o "outrar-se" pessoano, num trabalho de palco que se pretende sério, sem ser sisudo, elucidativo, sem cair no didáctico.
Torna-se difícil não nos comovermos, impossível ficarmos, no minuto seguinte, indiferentes ao sarcasmo - quase sempre actual -, que, como quem faz cócegas na alma, arranca genuínas gargalhadas, para, de novo, nos comovermos. Palavras que antes pareciam simples literatura, ainda que conforto para o espírito, ganham contornos de trágica verdade, de que procuramos, a custo, sair ilesos. Confesso que não saí...
Porque, no serão de quinta-feira, me senti grande, ainda que longe do tamanho do que vi, resta-me dizer:
Deve ser fantástico. Gostaria de ver e ouvir. Sem dúvida.
ResponderEliminarBom fim de semana.
Olá, Desambientado. Penso que não te arrependerás.
ResponderEliminarBom resto de fim-de-semana e, já agora, boa semana.
é sempre um gáudio para os sentidos proporcionar afagos de alma tais...
ResponderEliminarPS Usa e abusa do termo. É uma feliz expressão do Zé Duarte, do Jazz tuga. ;)
tanto que eu gostava de vêr isso....
ResponderEliminarJá vi! Bom como se esperava.
ResponderEliminarFui contemplado com a carta.