sábado, junho 10, 2006
Porque também é dia de Camões,
não há como recordá-lo:
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, em mim, converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto:
que não se muda já como soía.
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É curioso que tenha escolhido um soneto, pois considero Camões como um dos quatro sonetistas portugueses de excelência, sendo os outros três Florbela Espanca, Antero de Quental e Bocage.
ResponderEliminarBom domingo.
Não podias ter escolhido melhor poema...
ResponderEliminarO marcar é lindo...
Obrigada pela simpatia no meu blog. Também já por aqui tenho andado, e voltarei com mais calma, que hoje o tempo urge. Hoje é só um beijinho. :)
ResponderEliminarSim... Camões. Só se falava de futebol...
ResponderEliminarBoa Semana. Beijinhos
E um grande abraço para o amigo Camões que deve ter sido um castiço!
ResponderEliminarEle que cantou Portugal como ninguém merece todas as referências!
Parabéns pela escolha!
Saudações!
Vale a pena recordá-lo, porque Portugal não é só futebol, também é poesia.
ResponderEliminarBeijinhos.
Já lá vai o tempo em que todos nós viamos o filme de Camões a preto e branco neste dia!
ResponderEliminarEra da praxe!