quinta-feira, junho 08, 2006

capitão romance

Não vou procurar quem espero:
Se o que eu quero é navegar!
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar.
 
Parto rumo à primavera,
Que em meu fundo se escondeu!
Esqueço tudo do que eu sou capaz:
Hoje o mar sou eu...
 
Esperam-me ondas que persistem,
Nunca param de bater!
Esperam-me homens que desistem,
Antes de morrer!

Por querer mais do que a vida,
Sou a sombra do que eu sou.
E ao fim não toquei em nada,
Do que em mim tocou. Eu vi,
Mas não agarrei...

Parto rumo à maravilha,
Rumo à dor que houver pra vir.
Se eu encontrar uma ilha,
Paro pra sentir! Dar sentido à viagem,
Pra sentir que eu sou capaz!
Se o meu peito diz coragem,
Volto a partir em paz.

Eu vi,
Mas não agarrei...

Letra de uma canção dos Ornatos Violeta, interpretada também por Margarida Pinto (vocalista dos Coldfinger), no seu álbum a solo - Apontamento.

7 comentários:

  1. hum... eu tenho o album a solo da Margarida Pinto e não vi lá esta versão da música dos Ornatos. Conheço-a de uma compilação de que agora não me lembro o nome. Ou foi alguma edição especial?

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  2. Pinky, de facto, a letra é muito bonita, mas com a música só enriquece.

    Mpr, talvez não seja. A verdade é que me emprestaram uma gravação do álbum apontamento e, no final, depois das 14 músicas identificadas, aparece esta que, seguramente, não é interpretada pelos Ornatos... mas daqui a pouco já tiro isso limpo...

    Boa tarde aos dois!

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  3. agora ao falares em Ornatos, lembrei-me ke vi Supernada no "Serralves em festa" no passado fim de semana ...mt bom...mas uma onda mais pesada.

    sou apreciadora de Ornatos...até ao fim ...

    beijos

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  4. esta letra e principalmente esta quadra
    "Por querer mais do que a vida,
    Sou a sombra do que eu sou.
    E ao fim não toquei em nada,
    Do que em mim tocou."
    fez-me lembrar o poema Quase de Sá Carneiro

    Linnndo

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  5. Mpr, confirmei: o tema dos Ornatos é, de facto, de novo interpretado pela Margarida Pinto, mas é um inédito...

    Gala, confesso que não conheço muito bem os Ornatos, embora os tenha visto e ouvido num dos palcos da Expo e goste de pelo menos dois temas. Quanto aos Supernada, graças a ti, já "cusquei"... ainda não tenho opinião.

    Pedro, não percebi, mas penso ter sido uma aprovação, certo?

    Araj, lembra-me também "Quase", mas sobretudo o "Isto" do Pessoa: "Tudo o que faço ou medito/ Fica sempre na metade/ Querendo, quero o infinito/ Fazendo, nada é verdade.".

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