DUAL (HOMENAGEM A RICARDO REIS )
Não creias, Lídia, que nenhum estio
Por nós perdido possa regressar
Oferecendo a flor
Que adiámos colher.
Cada dia te é dado uma só vez
E no redondo círculo da noite
Não existe piedade
Para aquele que hesita.
Mais tarde será tarde e já é tarde.
O tempo apaga tudo menos esse
Longo indelével rasto
Que o não-vivido deixa.
Não creias na demora em que te medes.
Jamais se detém Kronos cujo passo
Vai sempre mais à frente
Do que o teu próprio passo.
Por hoje me sentir particularmente generosa, ofereço a todos aqueles que por aqui passarem ( em especial a uma amiga querida de longa data) este poema de Sophia de M. B. Andresen.
Obrigada **
ResponderEliminarObrigado deep pela bela oferta,beijinhos.
ResponderEliminarGosto dos textos da autora.
ResponderEliminarDeixou nos grandes palavras, ela.
Um beijo.
Obrigado...
ResponderEliminar"Há palavras que nos beijam
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte."
Alexandre O'Neill
Obrigada!
ResponderEliminarE um bom fim de semana!
Beijola
Ofereci de coração... não têm de quê!...
ResponderEliminarJaba, o poema que aqui deixaste também é bastante bonito. Foi musicado há pouco tempo. Encontra-se no cd "Composto de Mudança".
Bjs a todos